"O MAIOR INIMIGO DA CRIATIVIDADE É O BOM-SENSO" Picasso. Sem pretensões, que não sejam as de mostrar;

Peças originais, Fotógrafos geniais, Artes antigas e actuais. Também fico esperando a sua visita nos novos Blogs http://comoze2.blogspot.com/.......http://comoze3.blogspot.com/

domingo, 30 de janeiro de 2011






Catarina Portas e as suas belas lojas

http://www.ionline.pt/conteudo/37194-catarina-portas-raramente-compro-produtos-brancos--video

Catarina Portas, nasceu em Lisboa há 40 anos.
Em entrevista, fala do que já conseguiu como empresária, do estado do país, dos desequilíbrios provocados pela globalização.

Tem duas lojas "A Vida Portuguesa" - uma em Lisboa, onde nos recebeu, outra no Porto.
Está a pensar em abrir mais espaços, cá ou mesmo lá fora.
Quer escrever um livro sobre aquilo que mais a fascina: As marcas antigas portuguesas.
E contar a história dos portugueses através do consumo e do comércio.

Responsável e local.

Como surgiu a ideia de fazer esta despensa?

Em 2004 eu andava a pensar fazer um livro sobre a vida quotidiana em Portugal, ao longo do século XX, porque me parecia que havia um enorme desconhecimento da minha geração e de outras mais novas.
A forma como as pessoas viveram e foram educadas durante essa época condicionou-as muitíssimo até aos dias de hoje.
E foi ao fazer essa pesquisa que me ocorreu que fazia todo o sentido construir uma despensa de época.
Já tinha feito um trabalho 12 anos antes, para a revista "Marie Claire", como jornalista, recolhendo produtos antigos.
Percebi que a maior parte dos produtos que encontrei e fotografei tinha desaparecido.
Nalguns casos, era uma pena. Eram interessantes e o mercado do design, que hoje é tão valorizado - diria até sobrevalorizado -, acolheria bem este tipo de produtos de design histórico, pensei.

São mais autênticos?

Talvez mais exóticos.

A que se deve esse exotismo?

Portugal esteve fechado ao exterior durante décadas, passámos um bocado ao lado das guerras também e os produtos não tiveram necessidade de se modernizar para concorrer num mercado internacional.
Estamos a falar de mercadorias que têm a mesma embalagem há 60 anos.
As farinhas têm embalagens absolutamente delirantes.
E pensei que, tal como eu, há de certeza muita gente que vai achar graça a isto.

E os produtos são bons?

Foi o que pensei. Produtos há tantos anos no mercado dificilmente seriam maus.
O passo seguinte foi: como fazer para isto não desaparecer? Arranjei umas caixas e comecei a juntá-los por temas, a tentar dar coerência. Será que isto se pode vender assim? Depois investiguei a sua história. (...)


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