


O Largo do Carmo e eu !! (6)O Quartel do Carmo da GNR
Estou ligado a este quartel de duas formas; na infância e juventude, e pela revolução dos cravos.

Na infância, porque a entrada secundária do quartel dava para a Calçada do Carmo, e a miudagem por vezes pedia para ir ver os cavalos, o que de quando em vez era concedido.Eu e meu irmão, passava-mos largos momentos junto das cavalariças, e adorava ve
r ferrar os cavalos, sentir o fumo e cheiro a casco queimado para moldar as ferraduras, o pregar e cortar dos grandes cravos de fixação (davam-nos alguns e fazia-mos anéis com eles) e também o
aparar em xadrez do pêlo nos lombos traseiros dos cavalos.Estou certo que foi aí que nasceu o meu gosto por cavalos, e mais tarde comprar umas botas de cano alto e a frequentar a Escola de Equitação que existia na rua Alexandre Herculano.

Também meu irmão, certa vez foi obrigado a uma "visita forçada" ao quartel e esteve na casa da guarda umas horas, até nosso pai interceder e ser "libertado" ""...libertado pela GNR...mas desancado em casa.O motivo...bem...não tem muita graça !!
Tinha apareci
Era inconsciente apontar às pessoas, mas...miudos de poucos anos não pensam...e meu irmão lá acertou na perna de uma senhora, e por "azar" foi visto por uma vendedeira de bananas que fazia qurtel general diariamente à porta da nossa casa, e não nutria muita simpatia pela petizada que lhe atentava a vida, e lá lhe roubava uma ou outra bananinha.
Foi ela que apontou meu irmão ao guarda da GNR que inquiriu do sucedido, por queixa da senhora ferida, que exibia a perna ensanguentada.
Recordo que meu pai ainda se viu em complicados tramites para resolver o caso de uma forma concensual, o que não foi fácil, pois a juntar á gravidade do caso, o guarda encarregue do inquérito era bronco como as portas.
Meu irmão é que levou uma tareia monumental, e ficou uma série de tempo com castigos.
Uma brincadeira altamente perigosa, que uns anitos mais tarde e já mais espigadotes, voltou á "triste moda" e a ser utilizada nas "purrias" entre as ruas rivais do Duque e da Condessa.
Anos depois, viria a ser este quartel o ex-libris da revolução de 25 Abril 1974.O capitão Salgueiro Maia comandou as tropas que sitiaram o quartel, pois foi nele que se refugiou o professor Marcelo Caetano com alguns ministros, e onde acabou por se render e entregar o poder e o Governo da Nação ao General Spinola.

fotos Google


Sem comentários:
Enviar um comentário